quarta-feira, 20 de maio de 2009

Refletia enquanto ela dormia...

Às vezes na vida paramos para refletir: Por que vivemos? 
Um vazio débil ecoa em nossas mentes, uma sensação fria machuca nosso corpo:
Vivemos e não sabemos o porquê.
Simplesmente vivemos, levamos a vida...
Na verdade deixamos que ela nos leve para caminhos estranhos, tortos. Não ligamos.
Se está ruim: reclamamos.
Se está bom: sorrimos.
Nem sempre sorrimos e agradecemos pelas bençãos.
Eu sigo o ensinamento de uma sábia jovem: Sorria sempre.
Sorriso sempre, ela diria...
Essas palavras fazem todo sentido para mim. E para vocês?
Desculpe-me, mas contarei um breve trecho da minha vida.
Esse trecho, mesmo que curto, pareceu uma eternidade, e quase me custou a eternidade.
Eu andava estranho, oscilava entre momentos de euforia e extrema depressão.
Acordava todas as manhãs dizendo: "Não é isso que eu quero!"
Levava o dia, fazer o quê? Não tinha opção...
Me sentia completamente vazio, o que me salvava era a amizade que eu tinha no lugar.
Estava afastado de minha família, mas não sentia falta deles, de ninguém.
Sentia como se eu estivesse perdido em uma ilha, e eu realmente estava: Literalmente.
O vazio que em mim existia parecia crescer de forma gradativa e absurda.
Eu estava me tornando uma pessoa agressiva, sem motivos, muitas vezes escondia esse sentimento, que me corroía, fazia muito mal.
Procurava em diversas religiões a paz, procurava em Deus a cura...
Eu a encontrei.
Encontrei o que tanto precisava.
Era o amor próprio, entretanto eu não era capaz de amar-me.
Não tinha forças, não tinha um porquê.
Não queria viver... Daquele jeito.
Como mágica conheci uma pessoa...
Uma pessoa já conhecida, uma pessoa já desejada, já admirada.
Pena que as circunstâncias do passado não permitiram que eu a tivesse.
Eu nem estava pronto, não poderia tê-la naquele momento...
Então, quando eu precisava de motivos para viver: A encontrei!
Não era apenas linda, meiga, interessante. Despertava todos os meus sentidos.
Ela era a luz. Ela fez com que eu acordasse, entendesse questões simples que meus olhos eram totalmente incapazes de enxergar.
Não foi uma explosão...
Crescia aos poucos, bem lentamente...
A cada segundo a vontade de conhecê-la melhor ia crescendo...
Ah... Sua timidez fez com que o jeito extrovertido dentro de mim brandasse.
Eu já não sabia o porquê, embora soubesse que queria viver...
Queria viver, viver muito. Sentir muito. Respirar cada segundo dessa vida, ao lado dela.
Ela! Pequenino milagre de Deus.
É a maior virtude de minha vida.
Comecei a gostar de mim, porque eu a fazia feliz.
Descobri nela o que eu sempre quis, sempre sonhei, sempre desejei...
E desejo cada vez mais e mais...
Ensinou-me o que era amor.
O que o sorriso dela tem, com palavras sou incapaz de descrever.
No entanto, aos poucos, vou aprendendo com essa menina, que nem todos os sentimentos existem na lingua dos mortais.
Pois mesmo que infinitos não sejam, eternos são. Imortais serão!
Aos poucos, ao lado dela, aprendo sobre a vida, entendo o porquê eu vivo.
Mesmo neste louco sonho chamado vida,
De quimeras e intensa insensatez.
Agora eu sei: Só o amor é real.

Nenhum comentário:

Postar um comentário