terça-feira, 14 de abril de 2009

Soneto de uma Fênix



Já feito se fez como fênix morta:
Nas cinzas observa o céu à volta,
 Parou, fez de sua vida sua revolta,
Coitada! Sozinha não tem volta.

Seu desvario revelou sua derrota,
Sem ritmo fez-se a dança da derrota,
Deixou levar sua pobre alma morta,
Este seria o fim da ave devota?

Das cinzas fez-se nova por vontade.
Destino ou Deus a deu liberdade...
Livre para amar, sorrir de verdade.

Fazer um soneto é como ser uma fênix:
Viver sabendo que será imortal,
Morrer sem ao menos ter um final.

Sergio Maciel

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